É tempo de revolução! (no mundo, no meio ambiente e na moda)

Você já parou para pensar no caminho que suas roupas fazem até chegar em você? Nós pensamos e vamos te explicar o processo.

 

Majoritariamente o mundo da moda é composto por um ciclo vicioso de produção e consumo, que impacta negativamente o meio ambiente, com uso de químicos tóxicos, emissões de carbono, alto consumo de água e energia e desperdício de recursos naturais. Fora as questões ambientais, é preciso pensar em quem está por trás de toda a cadeia produtiva e as condições de trabalho em que se encontram. O custo dessa indústria é bem maior do que você imagina!

 

O fast fashion surgiu na década de 90, para atender a demanda dos consumidores por grandes coleções de roupas, em um período curto de tempo e por baixo custo. De acordo com a Forbes, revista de negócio e economia, em média, as peças do fast fashion são utilizadas menos de cinco vezes e geram muito mais emissões de carbono na nossa atmosfera.

Nesse modelo de produção, as empresas optam por terceirizar a produção das roupas, em busca de minimização de custos e mão-de-obra. Isso tem como consequência contratações ilegais, enormes jornadas de trabalho (que ultrapassam 16 horas), péssimas condições do ambiente de trabalho, sem direitos garantidos e com pagamentos que não condizem com o serviço prestado.  Milhares de pessoas em países subdesenvolvidos estão expostas a esse modelo insano de produção. Dados da Associação Brasileira de Indústria Têxtil (ABIT), conta que em 2020,  178 mulheres (imigrantes e refugiadas) foram resgatadas de oficinas de São Paulo, exercendo trabalho escravo.

 

Com todos os impactos negativos do mundo da moda, surge o movimento global Fashion Revolution, que leva em consideração todo o processo de produção de peças, desde as plantações de algodão, até o pós-consumo. É preciso estar em sintonia com o nosso planeta e com os impactos positivos que podemos ter na sociedade.

 

O movimento surgiu após o desabamento do edifício Rana Plaza, em Bangladesh, em 2013, que causou a morte de 1.134 trabalhadores da indústria da confecção e deixou mais de 2500 feridos. Eles se encontravam em péssimas condições de trabalho, confeccionando para marcas globais e morreram costurando roupas para impulsionar o desejo de consumo. A campanha #QuemFezMinhasRoupas foi criada para conscientizar as pessoas sobre o real valor do mundo da moda, trazendo reflexões sobre a cadeia de produção e consumo.

 

O Fashion Revolution acredita que a moda é uma força a ser considerada para o bem. Hoje, o movimento se faz presente em mais de 100 países, apresentando que o mundo da moda pode ser positivo não só no meio ambiente, mas nas esferas sociais também.  Sua missão é incentivar a transparência e fomentar a sustentabilidade, conscientizando sobre os impactos socioambientais do setor e celebrando as pessoas que produzem as peças!

 

Fontes: https://www.fashionrevolution.org/a-semana-fashion-revolution-2021-esta-chegando-e-agora-e-hora-de-revolucao-na-moda/